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Sesc lança volume 10 da coleção Conhecendo o Pantanal

05/10/2016
Fonte: Comunicação
Foto: Divulgação

Com a chancela da Unesco, o Sesc Pantanal está capacitado para o desenvolvimento de diversas pesquisas, por conta de sua atuação na RPPN Sesc Pantanal. Algumas delas estão compiladas na série Conhecendo o Pantanal, que chega a sua 10º edição com o título “As aves coloniais da Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal”. O estudo foi lançado no XXIII Congresso Brasileiro de Ornitologia, realizado em Pirenópolis-GO.

A publicação apresenta o trabalho da equipe de pesquisadores coordenada pelo biólogo Paulo de Tarso Zuquim Antas, que acompanhou as aves aquáticas que vivem em colônias no período de diminuição do volume das águas dos rios no interior do Brasil. Ao baixarem, as águas possibilitam a formação de grandes praias de areia, que são ocupadas por essas aves.

Durante o estudo na bacia do rio Cuiabá, os pesquisadores acompanharam o uso dessas praias por três espécies coloniais: o corta-água, o taiamã e a gaivotinha, com intenso levantamento de dados entre os anos de 2002 e 2013. Os resultados desse estudo evidenciam a importância da RPPN Sesc Pantanal como berçário de gerações dessas aves na planície pantaneira e até mesmo em escala continental, migrando após a reprodução para o litoral do Rio Grande do Sul até a foz do rio da Prata, há cerca de dois mil quilômetros de distância.

“A sobrevida das aves marcadas e seus hábitos alimentares na região são outras contribuições desta pesquisa para o entendimento da biologia, ecologia e conservação dessas espécies. Trata-se de um trabalho pioneiro envolvendo as aves coloniais, o que possibilita a aplicação da mesma metodologia em outros locais para análises comparativas.”, explica Cristina Cuiabália, Gerente de Pesquisa e Meio Ambiente do Sesc Pantanal.

Um aspecto muito importante do conhecimento gerado é sua aplicação ao manejo da Reserva, subsidiando mecanismos de proteção das espécies, como a identificação de locais mais vulneráveis e a instalação de placas com informações sobre a importância do cuidado das praias, dos ninhos e do alimento do qual as aves dependem para sobreviver. O objetivo desta inciativa é sensibilizar moradores e visitantes sobre os impactos danosos da presença do gado nas praias do rio Cuiabá, da prática de acampamentos na área protegida, das queimadas e da pesca predatória, ameaças principais à conservação da natureza na RPPN Sesc Pantanal e região.

Você pode acessar as edições em Unidades (menu superior) > RPPN Sesc Pantanal > Biblioteca Virtual

A RPPN Sesc Pantanal
O Polo Sesc Pantanal tem a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal como sua principal Unidade de atuação. É uma importante iniciativa do Sesc participando da política nacional de conservação da biodiversidade, ao proteger significativa parcela do Pantanal.

Com uma área total conservada de cerca de 108 mil hectares, no município de Barão de Melgaço - no meio do pantanal mato-grossense -, a RPPN Sesc Pantanal é maior RPPN do Brasil sendo designada internacionalmente como Sítio Ramsar e Núcleo da Reserva da Biosfera - UNESCO.

Criada há quase 20 anos a partir de antigas fazendas de gado, fez ressurgir na região espécies diversas e raras da fauna e da flora, além de solo fértil. O local já recebeu dezenas de projetos de pesquisas provenientes de quase 50 instituições do Brasil e do exterior, contribuindo na formação acadêmica de mais de 170 pesquisadores.

Todo este trabalho já resultou em mais de 130 publicações científicas e 10 livros da Coleção Conhecendo o Pantanal. Entre os diversos benefícios já percebidos para a região está o aumento da população de araras azuis, em 1998, as primeiras pesquisas constataram 18 desses pássaros na região da RPPN, hoje são 450.

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