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Sesc Pantanal recria "Bulixo Pantaneiro" em homenagem à cultura regional

11/10/2018
Fonte: Sesc Pantanal
Foto: Sesc Pantanal

>> O bulixo pantaneiro foi escolhido para ser homenageado justamente por seu caráter icônico e cheio de significados que carregam fortes traços da identidade regional

Em uma época em que a forma de consumir evolui tanto inclusive para meios digitais, o Sesc Pantanal decidiu recriar um dos ícones da cultura pantaneira. Os chamados "bolichos" ou "bulixos", eram pequenos comércios existentes nas comunidades e perduraram ainda por anos após os mercados já terem se instalado. Os armazéns vendiam de tudo um pouco. Para registrar aqueles que compravam no "crediário" da época, o bom e velho caderninho com as anotações da compra feita pela freguesia. Produtos como arroz, feijão e qualquer outro tipo de grão, eram vendidos à granel: o cliente pegava o que precisava no medidor, enchia sua sacola e depois era só levar até a balança. Os bulixos mais modernos tinham até a caixa registradora, com aquela alavanca que soava um barulho curioso quando abria a gaveta onde o dinheiro era colocado.

Como forma de resgatar essa memória da cultura pantaneira, o Sesc Pantanal preparou uma verdadeira viagem a esses antigos armazéns regionais. O espaço esteve disponível ao público no Centro de Eventos do Pantanal durante a 4ª edição do evento gastronômico Pantanal Cozinha Brasil, ocorrido nos dias 9 e 10 de outubro em Cuiabá.

A Superintendente do Sesc Pantanal, Christiane Caetano, diz que o bulixo pantaneiro foi escolhido para ser homenageado, justamente por seu caráter icônico e cheio de significados que carregam fortes traços da identidade regional. "A cultura pantaneira é muito rica e os bulixos fizeram parte dessa tradição que ia muito além do ato de simplesmente comprar algo. Nesses armazéns também existia um forte convívio entre a comunidade, era uma forma de socialização onde a cultura se fazia presente em todos os aspectos", explica.

A Chefe do Núcleo de Alimentos e Bebidas do Sesc Pantanal, Francine Ferrari, reforça que esse resgate é importante para a preservação da cultura pantaneira. "Estimular a preservação dessa cultura, resgatando esse modo de viver do pantaneiro de raiz, é permitir que gerações futuras continuem tendo o contato com essa identidade cultural. Esse é um dos papéis e objetivos do Sesc no Pantanal: fazer com que esses costumes não se percam e continuem se perpetuando através das gerações".

O Sesc Pantanal tem em seu quadro de funcionários, majoritariamente, pessoas oriundas da própria comunidade. "Eles vem com uma bagagem muito forte dessa vivência pantaneira, e isso é transmitido a quem frequenta tanto o Hotel Sesc Porto Cercado, quanto os passeios da Reserva Nacional do Patrimônio Natural – RPPN Sesc Panatanal", diz Christiane Caetano. Exemplo disso é o cozinheiro Manoel Dias, filho de pescadores da região, e funcionário do Sesc há mais de 10 anos. "Eu tenho muito orgulho da minha raiz, e aqui eu tenho oportunidade de colocar em prática muitos ensinamentos que aprendi com meus pais e meus avós, como o preparo do peixe e da carne seca", diz.

Hotel Sesc Porto Cercado
O Hotel Sesc Porto Cercado está localizado no Pantanal de Poconé e de Barão de Melgaço, às margens do rio Cuiabá, a 145 km de Cuiabá, capital de Mato Grosso. Compõe o polo socioambiental Sesc Pantanal, com a atuação na área do ecoturismo e educação ambiental. Concebido com criteriosos cuidados ambientais está apto a operar nos períodos de seca e cheia, com o trabalho integrado a maior reserva natural particular do país – com 108 mil hectares – certificada como Reserva Particular do Patrimônio Natural, a RPPN Sesc Pantanal.

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