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Iniciativa ‘Abrace o Pantanal’ implanta tecnologia para detecção precoce de incêndios

13/06/2022
Fonte: Sesc Pantanal
Foto: Umgrauemeio

Comunidade local, ongs e setor privado se organizam para preservar 2,5 milhões de hectares de áreas nativas do bioma.

Força-tarefa no Pantanal com o foco na redução do impacto dos incêndios florestais no bioma reúne empresas e organizações com diferentes especialidades e áreas de atuação. A ação, articulada entre umgrauemeio, Brigada Aliança, Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e Polo Socioambiental Sesc Pantanal e com apoio financeiro da JBS, tem como objetivo proteger 2,5 milhões de hectares de área do bioma por meio da detecção precoce do incêndio, resposta rápida com a ação de brigadas florestais altamente equipadas e qualificadas e geração de dados analíticos, operacionais e de impacto na comunidade, com redução de CO2 estimada em 15 milhões de toneladas ao longo do projeto.

A tecnologia utiliza um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de incêndio de forma automática e notifica os operadores do sistema. Além disso, haverá resposta rápida e geração de dados analíticos, operacionais e de impacto na comunidade, com redução de CO2 estimada em 15 milhões de toneladas.

A iniciativa chamada Abrace o Pantanal será lançada estrategicamente na pré-temporada de incêndios no Brasil, nessa quarta-feira (08 de junho), na sede do IHP (Corumbá – MS), quando será assinado um Manifesto em Compromisso à Preservação do Bioma. Com duração de três anos, esta primeira fase tem o aporte financeiro da empresa JBS e se apresenta como um dos maiores projetos do mundo de conservação ambiental por meio do combate à incêndios.

A implantação da tecnologia já está em andamento no Polo Socioambiental do Sesc Pantanal nos municípios de Barão de Melgaço e Poconé (a cerca de 100km de Cuiabá). A superintendente do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Christiane Caetano, chamou a atenção para a integração de forças em prol do Pantanal. “Essa iniciativa é realmente um abraço ao Pantanal, uma vez que todos nós queremos uma só coisa: o Pantanal vivo. A tecnologia embarcada nesse projeto é muito importante para que possamos acionar as nossas brigadas contra incêndios florestais ou a rede de Agentes Voluntários criada junto às comunidades pantaneiras e que são vizinhos a RPPN do Sesc Pantanal. Pois quanto mais cedo identificamos esses focos, mas rápido podemos combatê-lo”, pontuou.

“Em 2020, foi inquietante ver 26% do Pantanal, uma das principais reservas mundiais da biosfera da UNESCO, ser consumida pelo fogo, comprometendo mais de 4 milhões de hectares, matando cerca de 17 milhões de vertebrados e emitindo milhões de toneladas de CO2 na atmosfera”, lembra o CIO (Chief Innovabilty Officer) e co-fundador da umgrauemeio Osmar Bambini.

União de forças é o que garante o abraço

A resposta rápida acontece por meio do entrosamento entre a tecnologia desenvolvida pela umgrauemeio e a capacidade de comunicação, mobilização e planejamento de combate ao fogo junto às três centrais de gestão independentes. A integração de informações, como localização das brigadas, recursos e equipamentos disponíveis, horário de acionamento, tempo de locomoção até o local do foco, tempo de combate e extinção do foco e o contato com os proprietários de terra no entorno permitem a rápida resposta ao fogo.

Toda infraestrutura da umgrauemeio para funcionamento das câmeras, rede de comunicação, energia, transmissão de dados com manutenção local e remota mantém o sistema operacional ativo 24 horas nos 7 dias da semana.

A tecnologia

A detecção precoce de focos pelo software Pantera® ocorre através de um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de incêndio de forma automática e notifica os operadores do sistema.

Cada câmera tem a capacidade de detectar focos de incêndio em aproximadamente 3 minutos, cobrindo um raio de 15 km e ainda indica o local exato do foco através da triangulação das câmeras e apoio de imagens de satélite, acelerando os protocolos de identificação e combate. Há, ainda, a detecção back-up de pontos de calor por satélites que podem complementar a proteção de áreas que sofram menor pressão humana.

Nesta primeira fase, são 11 pontos de detecção automática por imagem distribuídas nas regiões Sul, Norte e Central, começando pelo território da Serra do Amolar, região central do Pantanal sob governança do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que teve mais de 90% de sua rede de proteção afetada pelos mega incêndios de 2020.

Para uma segunda fase, a expectativa é triplicar o alcance do projeto e, portanto, da proteção do bioma.

O Abrace o Pantanal é parte de um projeto ainda maior chamado Abrace a Floresta - que traz a visão holística de monitoramento e gestão do combate a incêndios em tempo real, além da proteção da biodiversidade por meio da plataforma integrada para gestão do combate a incêndios florestais Pantera®. Atualmente, 30% das emissões no Brasil e 20% das emissões do mundo são provenientes dos incêndios e os esforços da umgrauemeio após o lançamento desta primeira fase estão em ampliar a área preservada no Pantanal e estender o projeto também a outros parques e reservas nacionais onde já existam brigadas e que permitam replicar o modelo, a exemplo da Chapada dos Veadeiros (Goiás) e Chapada dos Guimarães (Chapada dos Guimarães), além de áreas da Amazônia ameaçadas pelo fogo.

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